terça-feira, 19 de maio de 2009

Marcha pelas Sete Fontes

No dia 8 de Março, a ASPA, a JovemCoop e a Junta de Freguesia de S. Victor promoveram uma marcha em defesa das Sete Fontes, tendo por base a ideia de que “o que é de todos, a todos pertence” e que juntou mais de três centenas de pessoas. Exigiu-se que a Câmara tirasse ilações da mobilização e aproveitasse a revisão do Plano Director Municipal para proteger o monumento.

O assunto teve também repercussões na Assembleia da República, com o CDS-PP e o PCP a pedirem esclarecimentos ao Governo sobre o processo.

No fim de Abril, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, esteve em Braga (notícia no JN) onde, à margem da cerimónia do Dia do Hospital de S. Marcos, deixou a certeza de que o complexo das Sete Fontes está acautelado e que o novo Hospital de Braga fica pronto em 2011.

Mais recentemente, também no JN, o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, garantiu que o projecto do novo hospital não afectará o complexo aquático, considerando “indispensável” a constituição de um Parque Urbano para a preservação e valorização do espaço. O Parque, segundo um documento divulgado pelo Ministério da Cultura, em resposta a um requerimento do deputado comunista Agostinho Lopes, deverá integrar “os terrenos em que se localizam os diversos elementos constituintes deste sistema de abastecimento de água a Braga (fontes, galerias, canalizações)”.

A alteração do traçado do caminho que passa sobre as galerias que saem de uma das fontes, o escoramento interior das galerias, a monitorização desta fonte e da “Mina dos Órfãos” e a preservação e prolongamento vertical dos poços de ventilação são as medidas específicas que o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) tomou para minimizar os impactos no decorrer da obra e que quer ver cumpridos.

No documento citado pelo JN, o Ministério da Cultura revela que a proposta da Zona Especial de Protecção do complexo aquático já está elaborada e aguarda apreciação do conselho consultivo do IGESPAR. O ministro da Cultura diz ainda que “tudo está ser feito de acordo com o parecer inicial, obrigatório e vinculativo, nomeadamente o acompanhamento arqueológico de todos os trabalhos de movimentações de terras”.
Pode ler mais sobre as Sete Fontes no menu Multimedia.

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